Saturday, December 30, 2006

a ana é uma moça boba. ela morde os lábios o tempo todo. gosta das unhas pintadas de vermelho. gosta de música. e detesta vento. ela é a personagem. não sou eu. se vc achou q eu escrevia sobre mim enganou-se. eu copio ela.

- saudade.
- hum... tá...
- vc não?
- ...
- ficou triste?
- parece?
- ficou...
- eu costumo sentir saudade das coisas q quero de volta... ou daquelas q nunca serão superadas. mas... é bom saber como vc se sente. assim eu posso dar uns passinhos pra trás... ando rápido demais.
- vc não entendeu...
- são as palavras, sabe... td q vc fala passa por mim arrancando pedaço. às vezes isso é bom... na maioria das vezes... de vez em qd não é. eu não queria ouvir saudade de vc.
[...]
- nem saudade de vc?
- a saudade de mim é desejo. a dela é o q?

Friday, December 22, 2006

paixão é doença. já disse isso?
ô dorzinha boa...

Wednesday, December 20, 2006

'eu quero um samba pra me aquecer
quero algo pra beber, quero você
peça tudo que quiser
quantos sambas agüentar dançar
mas não esqueça do nosso trato
da hora de parar
só vamos embora quando tudo terminar
eu vou te levar aonde você quer chegar'

vou mesmo.

de olhinhos fechados e cantando. descobrir musica nova é sempre uma alegria...

Sunday, December 17, 2006

é... não dá pra dizer sem ser piegas... mas é tudo muito bom... aff...

Monday, December 11, 2006

tô com vontade de fugir. de correr pra bem longe de mim. deve ser culpa da ressaca... ou culpa da inconsequencia. e das consequencias. e da minha boca q fala demais. e das minhas mãos q arranham e machucam. e do furacão q mora dentro de mim. e de todo o calor. de toda a mágoa. de todo ciúme. de toda essa falta de controle e esse masoquismo persistente. de todo drama, de tanta cor inexistente, de tanto passado.
agora quero dormir e ver se esqueço...
ou afogo.

::

[ batidas ]

- olha na gaveta de cima
- já olhei...
- então perdeu-se mesmo...?
- parece...
- tem o meu... cê quer?
- ele já foi de outro alguém?
- já, oras...
- então não quero. quero um só meu... um q eu possa trancar numa caixinha vermelha pra sempre...
[...]

Thursday, December 07, 2006

eu não tenho idéias. na verdade é bem estranho isso. me dá vontade de escrever. mas não vem junto uma história [ou estória, q diferença]. só vem a vontade. e eu bem sou ruim de lidar com desejos. há qs um mês atrás quis comer uma torta de morango e ela não desgrudou de mim ainda. nem sei se vai antes d'eu satisfazer a vontade. então... a vontade de escrever é meio assim. gruda primeiro e depois fica cavando na minha cabeça alguma idéia decente. nos últimos meses só encontro pedaços de percepções do q não aconteceu. ou do q aconteceu, mas não foi beeemmm assim, sabe? e o q aconteceu? só angústias, culpas, sofrimentos etc etc. e estou começando a achar essa brincadeira de ir e voltar desses tempos chuvosos meio cansativa... sei lá... será q eu consigo me livrar dos abismos...? será q existe algo de mim q não seja abismo?

Tuesday, December 05, 2006

como pode uma gatinha blasé fazer tanta falta...?

miéu.

Friday, December 01, 2006

[ 29.10.2006 ]

- não tive tempo... as coisas andam corridas sabe... muito trabalho... páro pouco em casa... e não dá pra jogar fora em qq canto...
- hum...
- como vc está?
- sofrendo. estou preso, vc sabe disso.
- desculpa.
- não... não desculpo... mas eu sei da minha culpa nisso... fui eu quem entregou tudo a vc... era um risco grande...
- nós nos atiramos... nós dois... de mãos atadas...
- e deveríamos cair pra sempre...
- ...
- vai embora...
- pra onde?
- vc já tem pra onde ir.
- e vc vai pra onde?
- eu tenho tempo... tenho um vazio e uma vida inteira. mas acho q primeiro vou limpar meu quarto.

ela levanta e anda um pouco. vai até a sacada e olha pra rua. está chovendo um pouco e ela sente frio. resolve voltar.

- vc se arrepende?
- do que?
- de tudo. de nós. de ter pulado. sei lá. se arrepende?
- agora eu não sei.
- ...
- você?
- não! já disse q não...
- me guarda então... joga fora não...
- não posso.
- não... vc não quer.
- não quero. quero não me sentir mais culpada por vc... já basta a culpa por nós.
- eu ainda amo vc, se vc quer saber.

ele sustenta o olhar por uns segundos, mas ela não retribui.

- eu tb amo vc. mas essa é a última vez q digo isso.
- pq?
- pq sim. é melhor assim.
- melhor pra quem? pra vc? pra mim? pra...

ela interrompe.

- pra todo mundo... eu não sei mais explicar esse amor... não gosto mais das coisas q sinto... não me sinto bem olhando pra vc, nem gosto de estar aqui... só sei q te amo de algum modo estranho... como algo q se enraizou de tal maneira em vc... q não sai mais... como se eu não fosse eu sem ele... é isso. não sei mais como ser sem ser sua... eu tb tenho um vazio...

[...]